O lado que ninguém te conta da transição capilar

Oi, diva! 👸

Chega mais e fica a vontade!

Comecei a transição em 2020 e, desde então, tenho tentado me adaptar ao meu cabelo natural. Só que esse processo não é simples e, nos últimos tempos, venho repensando se ele realmente faz sentido para mim. As pontas sofreram as consequências da progressiva e do excesso de chapinha sem protetor térmico, ficaram ralas e quebradiças. Além disso, sempre senti uma pressão enorme para aceitar o cabelo cacheado, mas a verdade é que ainda não consigo me sentir genuinamente bonita com ele. Acho lindo o cabelo cacheado nos outros, mas em mim parece que não encaixa.

Por outro lado, tem coisas que eu adoro: poder suar sem medo da raiz marcar, tomar chuva e não precisar sair correndo para proteger o cabelo, ou simplesmente molhar e deixar secar naturalmente, sem crise. Essa liberdade é algo que eu nunca tive quando fazia progressiva, porque qualquer gota d’água parecia um desastre. Só que esse lado leve vem acompanhado de uma rotina bem mais pesada. Para o cabelo cacheado ficar bonito, preciso finalizar praticamente dia sim, dia não, e o tão falado day after nunca é tão prático comigo — na maioria das vezes, acordo com os fios sem forma, embaraçados, e preciso gastar tempo arrumando de novo. Esse contraste entre liberdade e trabalho extra me faz refletir ainda mais sobre qual caminho realmente quero seguir.

No fim das contas, sigo nesse dilema entre liberdade e insegurança, entre praticidade e trabalho dobrado. A transição me trouxe aprendizados importantes sobre mim e sobre a forma como me relaciono com meu cabelo, mas também abriu espaço para questionar se esse é mesmo o caminho que me faz feliz. E, pensando bem, não existe resposta definitiva. Nossa personalidade é volátil, podemos mudar de opinião e mudar de novo, e ainda assim continuamos sendo quem somos.

E você, já passou ou está passando por esse processo? Como tem lidado com a transição capilar? Quero muito ouvir suas experiências! 💬✨